- Sábado consegui me levantar da cama à meia-noite para correr ao centro e pegar um lugarzinho no show dos Mutantes , um dos mais disputados desta edição. O que eu ouvi de reclamações do nosso colunista André sobre o som do palco São João não é brincadeira... Somente Sérgio Dias e Dinho Leme da formação original estão na banda, mas mesmo assim eu tinha que ouvi-los ao vivo pelo menos uma vez na vida. Bom aproveitar essa oportunidade, pelo menos era de graça.
Sérgio Dias, considerado por ele mesmo o maior guitarrista da Via Láctea, estava em forma: cantou bastante, tocou bem e até colocou no repertório “Uma pessoa só”, do disco O A e o Z. Bom, vieram as reclamações do som. Nessa, o André ganhou. Realmente, estava um desastre. Quem ficou perto do palco não chiou, mas quem ficou mais afastado ouvia a bateria, a voz nasal de Sérgio Dias e um ou outro grito da Bia Mendes, nova vocalista da turma.
Eles tocaram a nova música, “Mutantes Depois”, que não empolgou muito não. Gostei do discurso de abertura do Sérgio Dias, mais uma piração naquela história de que todos somos “uma pessoa só”.
“Estaremos agora entregando a todos vocês a nossa música, a primeira de muitas que estamos compondo. Chama-se Mutantes Depois. Ela é sobre vocês, o nosso público, os reais mutantes de cuja energia somos feitos como uma pessoa só”. Achei legal isso.
- Os sons de domingo começaram mais cedo. Depois de uma pausa rápida para recuperar a cabeça, uma correria para pegar o show de Eduardo Gudin, Paulo César Pinheiros e Márcia. Eles recriaram o famoso show O Importante É Que Nossa Emoção Sobreviva, que eu desconhecia. Achei fantástico. O pessoal não estava muito entrosado, mas o som era perfeito no Teatro Municipal. Tudo bem, isso aí é assunto que o Vermute pode aprofundar.
Depois, uma rápida passagem no palco da Canja Rock-Blues. Gostei da iniciativa do pessoal lá. Uma verdadeira sessão jam, sem ensaios e sem frescuras: não me lembro de quem estava no palco, mas tocaram a meio-que-já-batida “Hoochie Coochie Man” e um boogie de um gaitista paulistano que eu não sei o nome.
Nesse show o som estava fantástico. O Jorge Ben, infelizmente, só tem uma levada agora. A Virada Cultural é o melhor evento cultural da cidade de São Paulo e deveria ser realizada em duas edições anuais. Achei incrível.
2 comentários:
olha, o que eu realmente não gostei no show do jorge foi a música-piada para os emos...
po jorge, essa foi mal!
putz, o titulo deste post me chamou a atencao pela sugestividade. tenho certeza que essa virada cultural foi muito mais que cultural e deve ter sido um bela orgia mesmo... imagina so o pessoal chapado nas ruas, curtinho uns sons, e mandando ver nas esquinas. isso logo vai ser que nem o carnaval, vao nascer um montao de bastardos em janeiro/fevereiro.
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