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sexta-feira, 4 de abril de 2008

Os cinco melhores do Pink Floyd


Sei que depois desse post não haverá mais volta.
Será entre o ódio e o amor que vou viver. Mas, a audácia pode levar alguns a conquistarem mais do que o simples gosto dos outros. Para inaugurar a seção dos cinco melhores, preferi escolher a melhor banda que já caminhou sobre a terra. O Pink Floyd, com sua força criativa girando em pólos diferentes e em épocas diferentes, marcou minha vida mais do que os garotinhos bonitinhos de Liverpool.

Criar uma lista sempre é complicado. Acho que vejo isso escrito todas as vezes que encontro uma compilação de algum tipo, seja em revista ou internet. Sabendo disso, não me importei com qualquer aspecto técnico, escolhi discos que talvez irritem o mais apaixonado fã de Pink Floyd e, conseqüentemente, machuque os enormes egos daqueles apaixonados por Beatles, que poderiam pensar: “como assim? Esse cara fala que Floyd é melhor que Beatles e escolhe essa porcaria de disco?”. Bom, julguem depois.

Dark Side of the Moon

Lançamento original: março, 1973
Duração: 42:59
1. Speak to Me - 1:30
2. Breathe - 2:43
3. On the Run - 3:30
4. Time - 6:53
5. The Great Gig in the Sky - 4:15
6. Money - 6:30
7. Us and Them - 7:34
8. Any Colour You Like - 3:24
9. Brain Damage - 3:50
10. Eclipse - 1:15

A revista Rolling Stones que me perdoe, mas sua lista dos 100 melhores discos da história do rock é uma babação dos Beatles. Entre os dez melhores, seis do quarteto. Tudo bem, Sgt. Peppers é foda? Sim. Infelizmente perde para a rara beleza nunca antes encontrada e jamais superada de Dark Side of the Moon.

Meddle - Parte 1 e Parte 2

Lançamento original: outubro, 1971
Duração: 46:46
1. One of These Days - 5:57
2. A Pillow of Winds - 5:10
3. Fearless - 6:08
4. San Tropez - 3:43
5. Seamus - 2:15
6. Echoes - 23:29



Talvez o disco que tenha colocado o Pink Floyd no trilho que levaria à construção da maior obra do rock, já que o grupo compõe junto em quase todas as faixas. Além das emocionantes “Pillow of Winds” e “Fearless” (com o hino do Liverpool sendo cantado por sua fanática torcida no fundo), a música que define o conceito do disco é “Echoes”. Em uma palavra, brilhante. À época de seu lançamento, Roger Waters e David Gilmour eram bastante criticados pela mídia, que acusava os dois pilares criativos da banda de utilizarem aparatos demais no estúdio e de se preocuparem demais com a produção. Em resposta, fizeram um mega show para ninguém ver em Pompéia, no qual tocam sem apoio algum. Vale a pena assistir ao DVD Live at Pompeii.


The Piper at the Gates of Dawn - Parte 1 e Parte 2

Lançamento original: agosto, 1967
Duração: 41:52

1. Astronomy Domine - 4:12
2. Lucifer Sam - 3:07
3. Matilda Mother - 3:08
4. Flaming - 2:46
5. Pow R. Toc H. - 4:26
6. Take Up Thy Stethoscope and Walk - 3:05
7. Interstellar Overdrive - 9:41
8. The Gnome - 2:13
9. Chapter 24 - 3:42
10. The Scarecrow - 2:11
11. Bike - 3:21

Homenagem ao Syd Barret, influência marcante para todos os membros do Pink Floyd. Esse disco é a exemplificação máxima do psicodelismo dos anos 60. Irônico, estranho e divertido... bem ao estilo do Crazy Diamond. Gosto muito da “Lucifer Sam”, que tem um estilo meio 007 ou pelo menos serviu de inspiração para a criação da música tema do filme. “The Gnome” é a típica música inglesa, chacoalhada pelas guitarras gritantes de Syd.

Obscured by Clouds
- Parte 1 e Parte 2

Lançamento original: junho, 1972
Duração: 40:30
1. Obscured By Clouds - 3:03
2. When You're In - 2:30
3. Burning Bridges - 3:29
4. The Gold It's In The... - 3:07
5. Wot's... Uh The Deal - 5:08
6. Mudmen - 4:20
7. Childhood's End - 4:31
8. Free Four - 4:15
9. Stay - 4:05
10. Absolutely Curtains - 5:52

Acho que a confusão pode começar aqui. Esse disco é o mais renegado de toda a história do Pink Floyd... bom, pelo menos até o Roger Waters literalmente cagar com seu último esforço com o grupo ao lançar The Final Cut. Para quem se interessar por esse trabalho, meio sombreado em função do lançamento do Dark Side no ano seguinte, grandes músicas o aguardam: “Wot’s... uh the deal”, “Childhood’s End” (não é aquela do Iron Maiden!) e “Free Four” são minhas favoritas.

Lançamento original: julho, 1969
Duração: 44:56
1. Cirrus Minor - 5:18
2. The Nile Song - 3:26
3. Crying Song - 3:33
4. Up The Khyber - 2:12
5. Gree Is The Colour - 2:58
6. Cymbaline - 4:50
7. Party Sequence - 1:07
8. Main Theme - 5:28
9. Ibiza Bar - 3:19
10. More Blues - 2:12
11. Quicksilver - 7:13
12. A Spanish Piece - 1:05
13. Dramatic Theme

Trilha sonora para um filme homônimo, dirigido por Barbet Schroeder, este trabalho representa uma virada na carreira do Floyd. É a primeira vez que o grupo entra no estúdio para gravar sem o fundador Syd Barret, deixado de lado logo após o lançamento do Saucerfull of Secrets, em 1968. Não conheço o filme e nunca consigo encontrar, mas a música é fantástica! Tem até uma pesadona, pelo menos da época: “The Nile Song”. Além disso, uma das mais líricas que o Waters já compôs, chamada “Green is the Colour”.

5 comentários:

Anônimo disse...

não importa o seu top5, danielzinho. eu não vou morder a isca. espero debater esse assunto com você no nosso podcast, muito em breve

Juliano Coelho disse...

post magistral, Daniel. vou baixar o More agora. E digo, para por lenha na fogueira e deixar o andré castro mais puto, que também acho Dark Side superior ao Sgt Peppers...

A todos aconselho o Meddle, que só tem Echoes como música conhecida, mas o disco inteiro é maravilhos.

Anônimo disse...

olha, tá rolando uma conspiraçãozinha, na pior das hipóteses eu vou ter que despejar fatos e verdades históricas inegáveis que acabariam por provar a todos verdades que influenciaram de maneira brutal todas as bandas do mundo. inclusive essa aí.

Fel Mendes disse...

Belo post Daniel!

Um colírio para os ouvidos que gostam de Floyd

Anônimo disse...

puxa vida, ouvindo blue da joni mitchell me ocorreu que ele é melhor do que qualquer disco em que roger waters tenha tocado...