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segunda-feira, 28 de abril de 2008

Virada

Bom, eu posso falar sobre o que eu vi e ouvi e, partindo do tamanho do happening que é a Virada Cultural, tirar minhas chatas conclusões que não servem para muito – já que cada um tem idéias próprias sobre cada coisa por aí. Vi três shows inteiros: Mutantes, Fernanda Takai e Jorge Ben Jor. Então vamos rapidamente a eles, apelando para minha memória (vou ser rápido).

    Mutantes, no palco São João com Aurora, às 3 da manhã.

Bom setlist, e a platéia animadíssima para ver ao vivo aquilo que muitos só conhecem em disco. É verdade, não é a formação original, mas sou obrigado a dizer que, depois de ver o sempre preciso Sérgio Dias comandando a farra, o banda tem uma performance digna de aplauso.

O único problema: não gosto de ficar na frente, esmagado. De onde eu estava, o som estava um pouco embolado, principalmente a cozinha. Ah, eu estava ali do lado do guindaste que pendurava acrobatas - legal aquilo, né?

    Fernanda Takai na palco Meninas, às 17 horas do domingo.

    Confortavelmente instalado ali na calçada, vi um pequeno belo show. O álbum com canções da Nara Leão já é uma das melhores coisas que ela fez, e com o auxílio de uma banda sensacional (que contava com o John do Pato Fu disfarçado na guitarra). As versões “takaianas” ficaram sensacionais por conta das texturas e arranjos de teclado, guitarra, baixo, bateria... é um olhar bastante pessoal e novo, em cima do que poderia facilmente se transformar em um disco chato de covers – e conseqüentemente o show. Ficou longe disso, e o som estava muito bom.

    Ouve ae ó: http://fernandatakai.wordpress.com/

Jorge Ben Jor, no palco São João com Aurora, às 18h do domingo.

Lotadão, e um cara bem loco tocando trompete ali do lado (às vezes ele acertava a nota). Concordo com quase tudo que Daniel Marques disse sobre o show aí embaixo, mas não acho tão grave o problema da levada, até porque o próprio Ben Jor deve ter uma consciência muito grande de que um show dele, pra fechar a festa precisa ser animado até o fim. É um mecanismo, uma dinâmica para que a performance saia radiante do começo até o final. Som excelente, mas eu gostaria de saber de quem são os enormes aparelhos que garantiram a potência sonora.

No final, foi bem bom - sem contar que foi tudo tranqüilo, sem briga, tiro, porrada... eu pelo menos não vi nenhuma. Você viu? Conte pra nós. Tem fotos? Manda ver. O clima no geral estava sensacional e é verdade que o centro está ficando cada vez mais bonito, ou seja, como ele era no tempo em que os homens falavam com os animais.

É isso aí. Ah, e um abraço para Mountain View!

4 comentários:

Anônimo disse...

fernanda ultra-simpática como sempre!

Juliano Coelho disse...

Queria muito estar lá, mas estava debilitado por causa de um churrasco aí

Anônimo disse...

Ia comentar no post do Daniel, mas aí vai. Os Mutados já passaram do ponto. É como se o cebolinha quisesse se vestir de vermelho e usar chinelo havaianas. Não dá.

Adriano Conter disse...

Também queria estar lá. Mas, ao contrário de meus amigos incansáveis, estava morto em casa, debilitado como meu amigo juliano.