Sempre considerada uma banda fantástica ao vivo, The Grateful Dead talvez tenha se superado dentro dos estúdios em dois ou três discos, no máximo. Depois de frustrar seus fãs duas vezes, a primeira ao estrear em gravadoras no ano de 1967 e, na seqüência, com um álbum maluco que tentava registrar o verdadeiro hino ao deus Sol, o grupo natural de San Francisco liderado por Jerry Garcia registrou seu melhor momento dentro de quatro paredes com o belíssimo Workingman’s Dead, lançado em 1970.
Nesta terceira tentativa, o Grateful Dead simplificou sua música e retornou ao estilo raiz de cada membro da banda: um blues recheado de folk e country. Depois de se mudar para uma casa comunitária na baía de San Francisco, a banda passou por momentos bastante difíceis, inclusive por uma parada nas delegacias carregada de LSD. Nesse espírito, decidiram retornar ao estúdio, local desgostoso para a maioria dos integrantes - que na época somavam seis -, para saldar dívidas, gravar músicas simples e curtir o momento. Não podia ser diferente: o esforço foi recompensado com músicas deliciosas, salpicadas pelas irônicas letras de Jerry Garcia e seu amigo poeta Robert Hunter, além de composições vocais únicas na história do Grateful Dead.
Em seu livro de memórias, o próprio Jerry Garcia revela as influências que teve para gravar o Workingman’s Dead: a construção vocal do grupo recentemente formado por Crosby, Stills e Nash, além de suas próprias experiências tocando banjo em bares de beira de estrada do interior dos Estados Unidos em meados dos anos 60. O resultado, não poderia ser melhor. Em uma mistura com blues, country e puro boogie, o disco talvez seja o meu favorito, já que contém três músicas essenciais em qualquer concerto da banda: a deliciosa “Uncle John’s Band”, a estridente “New Speedway Boogie”, e “Casey Jones”, que registra a viagem de cair na estrada e cair na vida (esta, aliás, sempre me impressiona pelo comecinho... algo do tipo: prepare-se).
Além desses três grandes clássicos, “Dire Wolf” e “Easy Wind” merecem grande atenção.
É importante lembrar que o Grateful Dead sempre foi uma banda que atraiu multidões em seus shows nos Estados Unidos, mesmo depois da época dos grandes festivais gratuitos, como o Monterey Pop Festival – no qual a turma liderada por Jerry Garcia finalmente mostrou seu verdadeiro lado ao embalar em um jam interminável. Somente para registrar, os outros cinco membros que acompanham o guitarrista barbudão são: Bob Wier (guitarra e vocal), Ron “Pigpen” Mckernan (teclados e vocal), Phil Lesh (baixo e vocal), Bill Kreutzmann (bateria e percussão), Mickey Hart (bateria e percussão).
Nesta terceira tentativa, o Grateful Dead simplificou sua música e retornou ao estilo raiz de cada membro da banda: um blues recheado de folk e country. Depois de se mudar para uma casa comunitária na baía de San Francisco, a banda passou por momentos bastante difíceis, inclusive por uma parada nas delegacias carregada de LSD. Nesse espírito, decidiram retornar ao estúdio, local desgostoso para a maioria dos integrantes - que na época somavam seis -, para saldar dívidas, gravar músicas simples e curtir o momento. Não podia ser diferente: o esforço foi recompensado com músicas deliciosas, salpicadas pelas irônicas letras de Jerry Garcia e seu amigo poeta Robert Hunter, além de composições vocais únicas na história do Grateful Dead.
Em seu livro de memórias, o próprio Jerry Garcia revela as influências que teve para gravar o Workingman’s Dead: a construção vocal do grupo recentemente formado por Crosby, Stills e Nash, além de suas próprias experiências tocando banjo em bares de beira de estrada do interior dos Estados Unidos em meados dos anos 60. O resultado, não poderia ser melhor. Em uma mistura com blues, country e puro boogie, o disco talvez seja o meu favorito, já que contém três músicas essenciais em qualquer concerto da banda: a deliciosa “Uncle John’s Band”, a estridente “New Speedway Boogie”, e “Casey Jones”, que registra a viagem de cair na estrada e cair na vida (esta, aliás, sempre me impressiona pelo comecinho... algo do tipo: prepare-se).
Além desses três grandes clássicos, “Dire Wolf” e “Easy Wind” merecem grande atenção.
É importante lembrar que o Grateful Dead sempre foi uma banda que atraiu multidões em seus shows nos Estados Unidos, mesmo depois da época dos grandes festivais gratuitos, como o Monterey Pop Festival – no qual a turma liderada por Jerry Garcia finalmente mostrou seu verdadeiro lado ao embalar em um jam interminável. Somente para registrar, os outros cinco membros que acompanham o guitarrista barbudão são: Bob Wier (guitarra e vocal), Ron “Pigpen” Mckernan (teclados e vocal), Phil Lesh (baixo e vocal), Bill Kreutzmann (bateria e percussão), Mickey Hart (bateria e percussão).
Ficha Técnica
Workingman’s Dead – The Grateful Dead
Lançamento original: junho, 1970
Gravadora: Warner Bros.
Duração: 35:33
Músicas para download
1. Uncle John’s Band
2. High Time
3. Dire Wolf
4. New Speedway Boogie
5. Cumberland Blues
6. Black Peter
7. Easy Wind
8. Casey Jones
Também coloquei aqui o video de "New Speedway Boogie", gravada ao vivo durante uma turnê do Grateful Dead pelo Canadá ao lado de outros grandes artistas, como Buddy Guy e Janis Joplin. O curioso é esta foi uma turnê itinerante, na qual os membros das bandas conviveram durante uma semana dentro de um trem. Para quem se interessar: "The Festival Express", disponível em dvd.
6 comentários:
Puta vídeo bom!
Vou baixar o disco depois! Boa Daniel Marques, fazendo parte da minha catequização no rock.
esse é um dos discos que o daniel fica ouvindo e esquece de tudo e nem olha para os lados, lados.
Gostei muito do Ferrugem! Sigam postando esses bons discos pra quem não tem todo esse acervo em casa, amigos! Queria fazer um pedido, por acaso vocês não podem postar um disco de heavy metal?
acho que o heavy metal não teria se desenvolvido sem as bases do velho e bom rock 'n' roll...
mas, acho que não se deve julgar o que pode ou não ser colocado aqui, e um pedido de um cara que curte o blog deveria ser atendido!!!
sem dúvida, queridinhos... postem aí que eu quero ver aqueles velhos discos de roqueiros cabeludos.
ohoho.
Boa, Daniel!
Estava eu aqui de férias passeando de trem e resolvi checar o ferrugem. Grateful Dead é foda...
Abraço.
Ass: Tio Raul
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