Bom, logo em seguida, a banda criada por Steve Winwood em parceria com outros doidões deixou de lado as canções orientadas pelo consumo inquieto de LSD e partiram para uma leitura mais pop. O resultado é uma mistura agradável pra porra de blues, rock psicodélico e um moderno jazz. O segundo disco carrega o nome do grupo e, para mim, representa exatamente a sonoridade pretendida por seus membros: uma relaxante viagem. Outros poderão dizer que John Barleycorn Must Die é o melhor trabalho desses caras de Birmingham (Reino Unido). Discordo, sem falsa modéstia.
Apesar de Steve Winwood ser considerado o mentor por trás da sonoridade moderna do Traffic, nesse segundo disco é Dave Mason quem rouba a cena. O baixista, que já havia tocado com Jimi Hendrix e com os Rolling Stones, compôs a maioria do primeiro lado do álbum. Outro que marca presença de forma magistral é Chris Wood, com sua flauta suave. Já ouvi dizer que ele foi comparado com Ian Anderson, do Jethro Tull. Pô! Sacanagem. Aquele toca seu instrumento com uma orientação clássica, já o maluco barbudo do Tull estraçalha sua flauta como se fosse uma guitarra elétrica.
Vários clássicos nesse trabalho do Traffic: “You Can All Join In” abre o disco e convida os ouvintes para uma deliciosa prática. “Feellin’ Allright” virou lenda entre vários músicos ingleses e foi imortalizada com a voz rouca e potente de Joe Cocker. “Means to an End” – minha favorita – fecha o ciclo com potência: é a mais animada e revela a poderosa batucada do insano Jim Capaldi.
Um belo disco!
Ficha Técnica
Traffic – Traffic
Lançamento original: outubro, 1968
Duração: 40:24
Produzido: Jimmy Miller
1. You Can All Join In (Mason) – 3:34
2. Pearly Queen (Capaldi/Winwood) – 4:20
3. Don’t Be Sad (Mason) – 3:24
4. Who Knows What Tomorrow May Bring (Capaldi/Winwood/Wood) – 3:11
5. Feellin’ Alright (Mason) – 4:16
6. Vagabond Virgin (Capaldi/Mason) – 5:21
7. Forty Thousand Headmen (Capaldi/Winwood) – 3:15
8. Cryin’ to Be Heard (Mason) – 5:14
9. No Time To Live (Capaldi/Winwood) – 5:10
10. Means To An End (Capaldi/Winwood) – 2:39
Dá uma olhada na música Forty Thousand Headmen, gravada ao vivo em um show de 1972.
4 comentários:
LSD: para alguns Louvado Seja Deus, para outros Logo Seremos Doidões.
Para mim: Logo Serei Deus!
bela contribuição!
a imagem do vídeo está boa, mas o áudio começa meio estranho!
boa dica ae ferrugem!
sô mais um forró
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