
Por outro lado, o gosto do ex-vocalista do Traffic por batuques de origem africana irritam um pouco. Sabe quando parece que todas as faixas possuem a mesma sessão rítmica, sem criatividade? Sem falar no exagerado saxofone de “Fly”, a segunda do novo trabalho de Winwood: som de motel é pouco para definir a cafonice. Na contramão, um exemplo no qual a percussão e o saxofone foram utilizados com inteligência é “Hungry Man”, que traz traços do disco mais funkiado do cara: The Low Spark of High Heeled Boys.
Achei as canções um pouco longas demais. Sabe quando o cara tenta criar aquela atmosfera de jam, com bastante variações e solos perfeitamente encaixados na melodia, mas não consegue? A maioria das faixas tem duração de sete minutos e muitas chegam a cansar pela falta de inspiração. Pode ser que eu tenha encucado com alguma coisa e não sei bem dizer o que é, embora o resultado final tenha agradado. Embora eu seja bastante fã do Steve Winwood que fez maravilhas ao lado de Jim Capaldi, Chris Wood e Dave Mason à frente do Traffic, esse trabalho não me entusiasmou tanto. Vale a pena conferir.

Um trecho de uma resenha publicada na Rolling Stones norte-americana no dia do lançamento (29/04/08)
“A voz de Steve Winwood está mais grave, talvez uma suave herança do blues britânico, consistente e bem otimista em todo o álbum Nine Lives. No trabalho inteiro, existe um revival do groove despretensioso e reflexivo do Traffic” – David Fricke
Ficha Técnica
Nine Lives – Steve Winwood
Lançamento original: abril, 2008
Duração: 57:17
Músicas para download
1. I’m Not Drowning
2. Fly
3. Raging Sea
4. Dirty City
5. We’re All Looking
6. Hungry Man
7. Secrets
8. As Times We Do Forget
9. Other Shore
2 comentários:
a primeira música faz lembrar um bob dylan de modern times. não?
não
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