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domingo, 8 de junho de 2008

Relato de um jovem crescido no anos 90 ou Apresentando Gilbert O'Sullivan

o post de domingo vem em forma de devaneio, é uma espécie de comentário rápido, com um plus: um link para download... Surpreso?

Alguns artistas têm o dom de acertar a mão na mesma proporção em que erram feio.
É basicamente assim que eu acredito resumir algumas carreiras. No caso, o trabalho irregular mas cheio de belas canções mid-tempo do irlandês Gilbert O'Sullivan. E é claro que se você, assim como eu, anda na casa dos 21, 22 anos, provavelmente não o conhece.

Hitmaker dos anos 70, O'Sullivan se tornou mundialmente conhecido por conta do belo hit “Alone Again”, que seus pais com certeza se lembrarão de ter ouvido muito nas rádios e nas festinhas regadas a tubaína... ou não né? Não fiz uma pesquisa de ambientação para escrever hoje, quer dizer, eu nunca fiz. O lance é que se você for com boa vontade e mergulhar em uma coletânea do sujeito, você vai encontrar algumas canções bem bregas, verdadeiros erros de arranjo, junto com algumas pérolas, criações pop perfeitas, que chegam a doer de tão bonitas. É o belo caso da canção que citei anteriormente.

Topei com “Alone Again” absolutamente sem querer, em uma coletânea em CD que encontrei em casa, dessas que não existem mais depois do MP3. Isso é tão começo dos anos 90, não é? Eu nem sabia do que se tratava, mas logo no começo a voz de O'Sullivan me fisgou: era muito parecida com a voz do dublador do seriado Doug, que ainda era genial e passava na Cultura – é, eu sei que você também assistia. Junto com isso, a harmonia da música, a maneira como ele conduz a narrativa da história e o arranjo, todos esses elementos me chamaram a atenção. Até hoje, é uma das minhas músicas favoritas, se esse tipo de lista fosse de fato possível ou justo de se fazer. No disco vinha mais uma dele, também boa demais, “Nothing Rhymed”, ainda mais doída e também composta de maneira perfeita. Não falta nada ali, é uma aula de como compor uma boa música radiofônica – assim como Bread, por exemplo. David Gates também é um baita professor.

Bom, antes de eu continuar, assista essa apresentação de O'Sullivan com o clássico “Alone Again”.




Bela canção, não é?

Hoje pela manhã, com ela na cabeça, comecei a fuçar um pouco e acabei caindo na página do cabeludo (ainda hoje), e ouvi uma música nova dele, do último disco. “Force of Habit” é mais uma música linda do cara. Me assustei até – e comecei a procurar o disco inteiro, chamado A Scruff at Heart. A minha feliz surpresa é que esse disco é aquele que ele deveria ter feito há muito: canções simples, quase que somente gravadas pela sua voz amigável e o piano. Deixo aqui o mesmo link que encontrei. O disco saiu por um selo pequeno da Irlanda, ao que me parece, ou seja, não é fácil de encontrar por aí, mas vale demais a pena. É um álbum sincero, despretensioso e belo. Uma lição a ser aprendida.

5 comentários:

Juliano Coelho disse...

Vou baixar e ouvir, mas, cá entre nós, o cara era feio pra porra.

andré spera disse...

da fato, uma combinação estranha.

Anônimo disse...

Esse cara se parece comigo... Parece também com o Felipe Mendes!

daniel marques disse...

acho que a pose desse senhorzinho aí é que me pegou: smokin', com ar de putão gigolô e uma voz esganiçada.
ché!!!

Anônimo disse...

esganiçada? isso é o nando reais.