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terça-feira, 23 de setembro de 2008

A arte de odiar

A Mitsubishi FM 92,5 é uma das novas rádios de São Paulo. Na primeira vez que parei para ouvir a programação, a impressão foi muito boa – fiquei surpreso em ouvir Beatles, e além disso, uma das obscuras e uma das minhas favoritas do Lennon, “Hey Bulldog!”. Mas não é exatamente sobre essa música ou sobre Beatles que quero falar. Na verdade, eu escrevo dessa vez para falar mal, e olha que eu sempre evito detonar alguma coisa, até porque outros colunistas do Ferrugem tem mais habilidade para destruição do que eu, e esse é um dom especial, que admiro bastante, até pelo poder cômico que isso tem. 


O fato é que por mais que uma rádio seja boa, ela não é um álbum de uma banda que você gosta, por isso mesmo, uma hora coisas ruins aparecem. Bom, era de manhã e eu sintonizei pra ouvir alguma coisa enquanto me barbeava. Ok, começamos com Rolling Stones, ótimo. Depois Journey – rock farofa anos 80, bom? Não. Divertido? Sem dúvida... até que chegamos em Nickelback: cruzes.


Esforço-me ao máximo para colocar em palavras o quanto acho Nickelback ruim. Em tempo, essa deve ser a pior banda famosa de todos os tempos, isso porque não posso falar de bandas que não conheço. Eles conseguem a proeza de fazer sempre a mesma música. E como se isso não bastasse, irritar o ouvido de todos com aquele rock “nervosinho” mas sensível, e que parece de novo e mais uma vez contar sobre como o vocalista Chad Kroeger está triste, remoendo mágoas a respeito de uma namorada que tipo... morreu em algum acidente de carro (look at this photograph...). Os truques são sempre os mesmos, os instrumentos sempre soam iguais e todos os refrões se encaixam em toda e qualquer música da banda. Isso não é bom. Você pode muito bem me dizer “deixa quieto, pelo menos eles estão ganhando dinheiro sem fazer mal pra ninguém”. Mentira e, se é mesmo assim, eu poderia enumerar pelo menos cem boas bandas que ganharam muito dinheiro fazendo um som de fato bom.


Você, que lê o Ferrugem também poderia, eu tenho certeza disso. 


P.S.: eu posso ter tomado um café alucinógeno, mas parece que tocou The Clash no programa da Ana Maria Braga...


10 comentários:

Fel Mendes disse...

O final dos tempos está chegando. Ouvir The Clash no programa da Ana Maria é tão preocupante quanto o "Moeda volta" tocar em uma rádio de bom repertório

andré spera disse...

moeda volta?

Anônimo disse...

ou seria Marte Volta?

andré spera disse...

MARS volta?

Anônimo disse...

vou dar uma volta!

Anônimo disse...

ÃÃÃÃÃÃÃÃÃ

Anônimo disse...

Acho The Clash na Ana Maria tendência, vide cabelo da apresentadora.

andré spera disse...

hoje, por exemplo, tocou badly drawn boy na mitsubishi... e não na ana maria braga.

Guilherme disse...

Eu discordo. Tem mais é que tocar The Clash! Vamos mudar o sistema por dentro do sistema!

Aliás, o supermercado Mambo aqui perto de casa tem uma baita trilha sonora. Eu me lembro de ir ali depois de alguns biris e ouvir Belle & Sebastian, Beatles e até Marvin Gaye.

Victor Fontana disse...

Chad Kroeger junto com o Santana é até legalzinho

Capital Inicial tbm é uma banda que tem refrões que se enciaxam em quaisquer de suas músicas e o Guilherme era do fã-clube

E tenho dito.

Victor Fontana aka Godinez